Confesso que quando recebi este convite fiquei um pouco intrigada mas, ao mesmo tempo, percebi que na minha cabeça iriam surgir uma serie de reflexões que serviriam até para arrumar as ideias.
Actualmente, a questão da maternidade surge mais tarde na vida de uma mulher. Esta está cada vez mais focada em construir uma carreira, juntar dinheiro, viajar… O conceito do casamento e de ter filhos que outrora preenchia todos os objectivos da mulher está, na maioria dos casos, cada vez mais ultrapassado.
É claro que a opção de casar e ter filhos continua a existir mas, prioritariamente, a mulher quer fazer mais ainda!
Assim sendo e, reflectindo sobre se pensei numa carreira antes de colocar a hipótese de ter filhos, não o fiz de forma veemente mas, era ponto assente para mim que antes de ter um emprego “estável” (se é que isso existe) isso não aconteceria.
Quis o rumo da vida que mesmo depois da dita estabilidade ainda não tenha tido filhos…. Talvez a causa seja a relação “certa” que não aconteceu (ainda)?
Adoro crianças. Acho mesmo que tenho um jeito especial para elas e, quase sempre lhes arranco, no mínimo, um sorriso. Mas, e apesar desta paixão, não fui daquelas mulheres que entram em pânico com o seu relógio biológico, pensado que serão menos mulheres se não forem mães. Não me identifico de todo com este pensamento, embora a sociedade insista em fazer essa cobrança de forma muito intromissiva e desagradável.
A acontecer ainda, seria muito bem vindo um filho na minha vida, se não, sinto que tenho imensas crianças a quem posso distribuir amor, sem a parte chata das noites mal dormidas. Ah Ah!! Que o diga a mãe da minha mais recente sobrinha.
Neste encontro também foram analisados os meios contraceptivos mais recorrentes. Verificamos que quer em Portugal quer em Espanha a toma da pílula diária e o uso do preservativo lideram as estatísticas.
Foi focada a questão Pílula do Dia Seguinte – O que sabemos sobre ela?
Não se trata de todo de um método abortivo como ainda muita gente pensa, pois ainda não existe qualquer embrião. Esta apenas interrompe o processo da ovulação. Trata-se de um método de emergência que não deve ser utilizado de forma habitual, nem após o período de tempo indicado para a sua toma. Este servirá sim, depois da toma, para existir uma reflexão pessoal, que ajudará a rever e escolher o método contraceptivo mais adequado.
Penso que ainda existe muito desconhecimento sobre a pílula do dia seguinte. É importante que as mulheres tenham noção de como ela realmente actua.
No meu caso pessoal não necessitei de recorrer a este método mas, se realmente acontecesse uma situação em que isso se justificasse, sim, claro que sim, tomá-la-ia. Considero que “primeiramente” a mulher é dona do seu corpo e sendo ela que irá carregar com o bebé durante 9 meses, tem todo o direito de o fazer! Considero-a uma medida segura e menos penosa para a mulher.
Este encontro decorreu na bonita cidade de Madrid e contou com a participação de blogguers portugueses e espanhóis. Existiram acções de esclarecimento e análise, pequenas entrevistas e debate. No caso português, contámos com a moderação feita pela sexóloga Marta Crawford.
No final do encontro foi feito um balanço com os moderadores espanhóis e portuguesa de tudo o que expus acima.
Foi, para mim, uma experiência muito enriquecedora.
Para mais informações consultem o site www.eutambem.pt